A arquitetura moderna surgiu no início do século XX e representa uma ruptura dos estilos tradicionais do passado. Sob forte influência dos movimentos artísticos da época aliado a um novo meio de produção pela Revolução Industrial, os projetos arquitetônicos deveriam ter o seguinte lema: “a forma segue a função”. Inclusive, esse princípio do design foi defendido pela escola de arte Bauhaus a qual inspirou o estilo moderno.
O arquiteto Le Corbusier foi um grande nome dessa arquitetura com sua famosa Villa Savoye, destaque também para a Casa da Cascata do arquiteto Frank Lloyd Wright o qual teve grande representatividade para o movimento. No Brasil, o primeiro contato com as ideias modernistas aconteceu na Semana de Arte Moderna de 1922, mas foi só em 1930 que o modernismo ganhou notoriedade. O arquiteto Lúcio Costa foi pioneiro na arquitetura moderna brasileira e deixou em seu portfólio as obras do Ministério da Educação e Saúde do Rio de Janeiro, assim como o famoso Estádio do Pacaembú em São Paulo. Nomes como Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi, Vilanova Artigas e Paulo Mendes da Rocha também inspiraram o mundo com suas obras modernas.
Formas puras e simples, uso de novas técnicas construtivas e de materiais como concreto, vidro e aço, assim como conceitos de planta livre com ambientes integrados, fachadas com espaços abertos ao público, terraço-jardim, painéis de vidro (iluminação natural) e estruturas de pilotis, caracterizam essa arquitetura e influenciam fortemente na criação dos projetos atuais.
A tendência em criar espaços multifuncionais e flexíveis, capazes de se adaptar às mudanças nas necessidades dos usuários, tem ligação direta na busca pela eficiência que caracterizou o movimento modernista. Hoje, a otimização de espaços juntamente com a preocupação pela utilização de materiais sustentáveis, refletem uma evolução dos princípios modernos para o contexto da arquitetura contemporânea.
Por fim, a arquitetura moderna estabeleceu as bases para a arquitetura contemporânea, influenciando não apenas as formas e os materiais, mas também os conceitos de funcionalidade, estética e relação com o ambiente. Ao olhar para os projetos da atualidade, é possível perceber que, embora as tecnologias e as demandas sociais tenham mudado, a essência modernista segue mais relevante do que nunca, direcionando as escolhas dos arquitetos no cenário contemporâneo.
